O que podemos esperar de Luciano Bivar

Depois da vitória nas urnas nessa segunda-feira (17), Luciano Bivar já começa a pensar em mais um mandato à frente do Sport. Foram cinco antes deste que se aproxima - um interrompido, em 2001.

Sem dúvidas, tivemos um embate histórico. Duas das maiores lideranças que existem no Sport Club do Recife. Homero Lacerda foi um opositor com uma quantidade de votos significativa, alcançada poucas vezes por candidatos da oposição.

Homero, porém, pecou em sua campanha ao criticar demais a Arena, sonho de todo torcedor rubro-negro, e não apresentar um projeto viável dentro da sua ideia. Sua principal promessa era fazer um futebol forte, como sempre conseguiu, e este será um desafio enorme de Bivar, que viu seu aliado Dubeux fracassar no carro-chefe do clube nos últimos dois anos.

A prioridade de Luciano precisa ser dentro de campo. O foco tem que ser esse desde já, e não esperar 2013 para planejar, porque dessa forma as chances de fraquejar aumentam. O novo presidente prometeu que irá se empenhar bastante em levar o Sport de volta ao caminho das conquistas; a torcida vai cobrar isso incessantemente. 

Agora que o candidato de Dubeux venceu, deveremos ter nos próximos meses a liberação da prefeitura para que a Arena seja construída. Assim, o Leão deve jogar a Série B do próximo ano na Arena Pernambuco, e assim também os campeonatos que irá disputar até 2016.

Os legados positivos da gestão de Dubeux também devem ganhar continuidade. As equipes de marketing, social e comunicação, que exerceram um trabalho grandioso, serão mantidas, e o Sport deve seguir crescendo nessa área, que é importantíssima para a arrecadação de recursos e na aproximação com a torcida.

O Centro de Treinamento precisa seguir no caminho que Dubeux vai deixar. Estruturado, organizado e revelando atletas que já começam a aparecer agora, na boa equipe Sub-20 do Sport. Bivar não pode voltar a cometer o erro de 2000, acredito até que agora o seu pensamento tenha mudado, pois não pensar em categorias de base é fechar os olhos para o futuro do clube.

Enfim, acredito em um Sport forte em breve, principalmente se todos esses pontos citados acima tiverem suas expectativas alcançadas. Luciano Bivar tem a chance de deixar um legado gigantesco para o Sport, é só cumprir o que foi prometido, com planejamento, competência, e colocando o futebol em primeiro lugar. 

O legado que Oscar Niemeyer deixaria para o Sport

O assunto mais falado no Brasil na noite desta quarta-feira (05) passa longe do futebol, mas tem alguma relação com ele. Faleceu há cerca de 1 hora, aos 104 anos, o arquiteto Oscar Niemeyer, o maior profissional da arquitetura brasileira e um dos maiores do mundo.

Poucos torcedores do Sport sabem, mas Niemeyer já fez um projeto ambicioso para o clube. Em 1971, o Sport construiria um novo estádio. O projeto feito por Niemeyer seria o segundo maior do mundo, atrás apenas do Maracanã, com 140 mil lugares, totalmente coberto. No entanto, dívidas impediram a bela construção, que ficaria na Joana Bezerra e teria o nome do presidente brasileiro da época, o general Médici.

De qualquer forma, obrigado pelo imenso legado, Niemeyer. Bom descanso.

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Torcida do Sport, um capítulo à parte

O presidente pode até ter merecido. Dirigentes também. Atletas, quem sabe. Treinadores, talvez. Porém, tem algo muito maior que todos esses citados anteriormente que jamais merecia ver o Sport na Série B em 2013: a torcida rubro-negra.

Essa foi com o time até o final. E mesmo depois do final, não o abandonou. Depois do jogo, nos Aflitos, calou os alvirrubros, maioria naquele estádio, entoando o Cazá Cazá e com uma prova de amor gigantesca, ao dizer que jamais abandonaria o clube do seu coração.

É esse tipo de atitude, confirmada nas redes sociais no dia seguinte, que me deixam orgulhoso de ser Sport. É isso que me faz acreditar que dessa vez nossa jornada na Segunda Divisão será curta, e podemos voltar ainda mais fortes.

Atenção, futuros dirigentes: a torcida do Sport merece algo muito melhor em 2013. Respeitem-na. 

Vamos começar "dando nome aos bois"

Depois da trágica participação do Sport no Campeonato Brasileiro 2012, que culminou com o rebaixamento à Série B na tarde de ontem (02), a torcida rubro-negra não pode seguir passiva, e algo precisa ser feito para que o clube tenha um rumo melhor na temporada que vem.

Para começar essa análise, vamos "dar nome aos bois", aos verdadeiros responsáveis pelo insucesso do Sport esse ano. Não estou usando essa expressão à toa; foi com ela que Dubeux começou sua gestão, associando o seu péssimo início a um boi de pai de santo. Ali, já se via o despreparo e o que poderíamos esperar do futebol em seguida.

Vamos listar e detalhar cada culpado pelo rebaixamento, não necessariamente em ordem de importância:

1. Gustavo Dubeux - Por ser o presidente, a principal culpa é dele. Teve méritos no extra-campo, onde conquistou avanços jamais vistos no clube. Porém, nada adianta se o futebol não vai bem; foram dois anos de sofrimento e nenhum título conquistado. O futebol é o carro-chefe do clube, e é o que de fato mede a gestão de um presidente;
2. Cícero Souza - Chegou como o "sabe tudo" do futebol. Implantou suas regras e logo criou inimizades com alguns. Foi contratado no segundo semestre de 2011, quando não teve mérito algum no acesso à Série A. 
   Como principal nome da diretoria de futebol, as (incontáveis) contratações que não deram certo em 2012 estão na sua conta. Além disso, foi quem bancou a chegada de Vágner Mancini, técnico com pior aproveitamento no clube nos últimos três anos. 
   Sua omissão também é deplorável. Representando tudo o que acontece no futebol do clube, deveria "dar a cara à tapa" depois dos resultados negativos. Não fez isso em nenhum momento; nem na eliminação da Copa do Brasil, nem na perda do Pernambucano, e muito menos ontem (03), após o pior fracasso do ano;
3. Diretoria de futebol - É formada por dirigentes que são torcedores apaixonados, diferente de Cícero Souza, que foi contratado para agir com a razão. Estes, Guilherme Beltrão e Aluísio Maluf, porém, também erraram demais; desde declarações infelizes, até poucos acertos em contratações. Além disso, faltou humildade para deixar o clube após os fracassos do 1º semestre;
4. Vágner Mancini - O técnico que realmente afundou o Sport nesse Brasileirão. Tudo bem que precisou montar o time com o campeonato andando, mas nada justifica os seus poucos mais de 20% de aproveitamento, com apenas três vitórias em 16 jogos. 
   Tinha um elenco qualificado e não aproveitou, deixando Cicinho e Hugo - que viriam a se tornar os principais jogadores do 2º turno - no banco de reservas. 
   A campanha do 1º turno foi o fator determinante para o rebaixamento;
5. Jogadores - Demoraram a entrar no campeonato. Faltou compromisso muitas vezes, além da limitação técnica. Mostraram vontade apenas após a queda de Vágner Mancini, quando metade da competição já tinha sido desperdiçada. Tarde demais.
   Correram atrás no final, mas não foi suficiente. Ainda, alguns atletas cometeram erros técnicos imperdoáveis, resultando em derrotas inesperadas e até mesmo em goleadas inadmissíveis.
   
   
   Concordam, rubro-negros? Faltou alguém nessa lista?

Bem-vindos!

Gostaria de dar as boas vindas a todos os futuros leitores desse site. 

Por aqui, vocês terão acesso a textos que refletem o sentimento de um apaixonado torcedor do Sport Club do Recife, sempre também com o ponto de vista racional, e não só emocional.

Para aqueles que ainda não me conhecem, fui editor do Sport Recife Notice por 4 anos. Para conhecer um pouco mais do meu trabalho, acesse o www.sportrecifenotice.com.

A decisão de começar esse blog hoje não foi de agora, já venho pensando nele há um bom tempo; porém, preferi esperar o fim do Campeonato Brasileiro para iniciar o projeto e começar a debater com todos vocês um futuro melhor para o Sport em 2013.

Espero contar com a colaboração de todos,

Um abraço,

Artur Rêgo.