11 de junho, dia de gritar 'É campeão'

O ser humano sente saudades. Mas sente saudades apenas do que foi bom e marcante.

O orgulho é um outro sentimento, também prazeroso, surge quando presenciamos algo histórico e que nos deixa felizes em fazer parte.

Todos os torcedores do Sport têm um pouco de cada um desses sentimentos; é só lembrar de um dia especial, há exatos 5 anos.
Naquele dia, o 'rubro-negro mais querido do Brasil' conquistava esse país, contra tudo e contra todos.

Foi um dia diferente, mas ao mesmo tempo comum. Diferente porque um título nacional é almejado por muitos, mas apenas os que possuem DNA vitorioso conseguem chegar lá; comum, porque quando se trata de Sport, uma conquista é sempre frequente, a alegria está sempre nas arquibancadas.

O Recife literalmente parou. Era uma cidade respirando a decisão.
Cada conversa na rua falava do jogo. Em cada canto da cidade, alguém vestia vermelho e preto.
Os prédios pareciam pintados com duas cores, tantas eram as bandeiras que surgiam e as buzinas aquecendo para o 'Cazá Cazá'.

O dia virou noite. Noite que pareceu durar 24 horas. De apreensão.
Depois, veio a explosão e a noite, que parecia eterna, rapidamente virou dia.
Tudo passou, mas ainda está presente.

Eu tenho uma história para contar daquele 11 de junho de 2008.
Uma história única, assim como cada rubro-negro que viveu aquele dia tem.
História essa que será levada de geração a geração.

História sempre com duas palavras: orgulho e saudade. E Pelo Sport Tudo!

Vitória para coroar a raça!

A técnica inexistiu, era impossível de aparecer. Era necessário, então, muita raça. O Sport mostrou durante os 90 minutos e foi coroado, aos 93, com o gol da vitória, gol que coloca o Leão entre os quatro melhores do campeonato.

É impossível fazer uma análise tática do jogo. Futebol mesmo, só foi apresentado nos primeiros 15 minutos, antes de a chuva apertar. O Sport era melhor, chegou com perigo em duas oportunidades, mas não obteve sucesso.

Durante o 'dilúvio' e depois dele, ficou difícil praticar futebol. A bola não rolava e o coração entrou em campo. Era preciso, porém, um centroavante, para que a única jogada possível - bola aérea - virasse solução. Quando Nunes entrou, a equipe rubro-negro passou a tentar esse tipo de jogada. Ela só funcionou no último lance, aos 48 do segundo tempo, quando Nunes aproveitou uma cobrança de escanteio e finalizou rasteiro, para explosão da Ilha do Retiro.

A tranquilidade parece estar chegando à Ilha. Time em paz com a torcida, que segue insatisfeita com a ausência de reforços, mas esperançosa com o avanço dentro de campo, onde os jogadores passaram a fazer o mais importante: vestir essa camisa, com um escudo tão pesado, e honrá-la. 

Isso é um bom começo.

Chegou a hora de lotar a Ilha do Retiro

A torcida do Sport tem todos os motivos para lotar a Ilha do Retiro no próximo sábado, diante do Palmeiras. Nesse momento, é preciso separar política e futebol. A primeira continua uma bagunça no clube, sem mudanças verdadeiras para engrandecer o Sport; por outro lado, precisamos fazer a nossa parte para ajudar o time dentro de campo e levá-lo de volta à primeira divisão.

O ambiente para a partida contra o Palmeiras é bastante favorável. Apesar das oscilações do time nos últimos jogos, precisamos acreditar, sem fechar os olhos, é claro, para as inúmeras deficiências do elenco.
O torcedor rubro-negro precisa estar ciente de um fato: caso vença os dois jogos que tem em sequência na Ilha do Retiro, o Sport vai para o intervalo da Copa das Confederações consolidado no G4.

Por outro lado, a diretoria precisa agir. A inércia, mais uma vez, está visível no clube. O foco passou a ser Durval, que está praticamente contratado, mas as outras posições, até mais carentes que a zaga, foram esquecidas. Se esperar a crise para agir, o dinheiro gasto será maior e, sem dúvidas, a chance de sucesso é bem menor.

Enquanto isso, faremos a nossa parte. Ainda não tivemos um público superior a 30 mil pessoas esse ano; chegou esse momento.
Portanto, rubro-negros, não esqueçam: lugar de torcedor do Sport, sábado, é no caldeirão!