11 de junho, dia de gritar 'É campeão'

O ser humano sente saudades. Mas sente saudades apenas do que foi bom e marcante.

O orgulho é um outro sentimento, também prazeroso, surge quando presenciamos algo histórico e que nos deixa felizes em fazer parte.

Todos os torcedores do Sport têm um pouco de cada um desses sentimentos; é só lembrar de um dia especial, há exatos 5 anos.
Naquele dia, o 'rubro-negro mais querido do Brasil' conquistava esse país, contra tudo e contra todos.

Foi um dia diferente, mas ao mesmo tempo comum. Diferente porque um título nacional é almejado por muitos, mas apenas os que possuem DNA vitorioso conseguem chegar lá; comum, porque quando se trata de Sport, uma conquista é sempre frequente, a alegria está sempre nas arquibancadas.

O Recife literalmente parou. Era uma cidade respirando a decisão.
Cada conversa na rua falava do jogo. Em cada canto da cidade, alguém vestia vermelho e preto.
Os prédios pareciam pintados com duas cores, tantas eram as bandeiras que surgiam e as buzinas aquecendo para o 'Cazá Cazá'.

O dia virou noite. Noite que pareceu durar 24 horas. De apreensão.
Depois, veio a explosão e a noite, que parecia eterna, rapidamente virou dia.
Tudo passou, mas ainda está presente.

Eu tenho uma história para contar daquele 11 de junho de 2008.
Uma história única, assim como cada rubro-negro que viveu aquele dia tem.
História essa que será levada de geração a geração.

História sempre com duas palavras: orgulho e saudade. E Pelo Sport Tudo!

Vitória para coroar a raça!

A técnica inexistiu, era impossível de aparecer. Era necessário, então, muita raça. O Sport mostrou durante os 90 minutos e foi coroado, aos 93, com o gol da vitória, gol que coloca o Leão entre os quatro melhores do campeonato.

É impossível fazer uma análise tática do jogo. Futebol mesmo, só foi apresentado nos primeiros 15 minutos, antes de a chuva apertar. O Sport era melhor, chegou com perigo em duas oportunidades, mas não obteve sucesso.

Durante o 'dilúvio' e depois dele, ficou difícil praticar futebol. A bola não rolava e o coração entrou em campo. Era preciso, porém, um centroavante, para que a única jogada possível - bola aérea - virasse solução. Quando Nunes entrou, a equipe rubro-negro passou a tentar esse tipo de jogada. Ela só funcionou no último lance, aos 48 do segundo tempo, quando Nunes aproveitou uma cobrança de escanteio e finalizou rasteiro, para explosão da Ilha do Retiro.

A tranquilidade parece estar chegando à Ilha. Time em paz com a torcida, que segue insatisfeita com a ausência de reforços, mas esperançosa com o avanço dentro de campo, onde os jogadores passaram a fazer o mais importante: vestir essa camisa, com um escudo tão pesado, e honrá-la. 

Isso é um bom começo.

Chegou a hora de lotar a Ilha do Retiro

A torcida do Sport tem todos os motivos para lotar a Ilha do Retiro no próximo sábado, diante do Palmeiras. Nesse momento, é preciso separar política e futebol. A primeira continua uma bagunça no clube, sem mudanças verdadeiras para engrandecer o Sport; por outro lado, precisamos fazer a nossa parte para ajudar o time dentro de campo e levá-lo de volta à primeira divisão.

O ambiente para a partida contra o Palmeiras é bastante favorável. Apesar das oscilações do time nos últimos jogos, precisamos acreditar, sem fechar os olhos, é claro, para as inúmeras deficiências do elenco.
O torcedor rubro-negro precisa estar ciente de um fato: caso vença os dois jogos que tem em sequência na Ilha do Retiro, o Sport vai para o intervalo da Copa das Confederações consolidado no G4.

Por outro lado, a diretoria precisa agir. A inércia, mais uma vez, está visível no clube. O foco passou a ser Durval, que está praticamente contratado, mas as outras posições, até mais carentes que a zaga, foram esquecidas. Se esperar a crise para agir, o dinheiro gasto será maior e, sem dúvidas, a chance de sucesso é bem menor.

Enquanto isso, faremos a nossa parte. Ainda não tivemos um público superior a 30 mil pessoas esse ano; chegou esse momento.
Portanto, rubro-negros, não esqueçam: lugar de torcedor do Sport, sábado, é no caldeirão!

Quero o Sport de volta!

Desculpas não cabiam mais. A vergonha - mais uma - pela qual o Sport passou na noite de ontem fez a torcida perder a paciência.
O pior, mas já comum no Sport, é a inércia no dia seguinte. O presidente, assim como o diretor remunerado (amador, profissionalizado da noite para o dia), sequer aparece para dar alguma satisfação ao torcedor. O desrespeito e o descaso desses irresponsáveis estão acabando com o Sport Club do Recife.

Eu não vou ficar esperando o desastre sentado, apenas assistindo; estou fazendo minha parte, como SÓCIO e TORCEDOR, e cobrando atitudes de verdade, que realmente mudem o panorama catastrófico que presenciamos ultimamente.

Cadê a profissionalização prometida na campanha? Cadê o futebol forte? Cadê o comprometimento?

O primeiro passo, senhores dirigentes, é ter vergonha na cara! Apareçam e honrem o nome dessa instituição!


Faça o download da imagem do protesto AQUI, e divulgue nas redes sociais.

O que podemos esperar do Sport amanhã?

Nove dias após a perda do título pernambucano, o Sport volta a entrar em campo. O recomeço do Leão é nesta terça-feira (21), quando já precisa reverter a vantagem que o ABC conquistou na primeira partida, em duelo válido pela segunda fase da Copa do Brasil.

Nesse intervalo, trabalho intenso na Ilha do Retiro. Foco em finalização, mudanças na equipe titular, chegada de novos jogadores. Tudo isso aconteceu. Então, o que podemos esperar do Leão neste jogo?

A verdade é que eu espero uma reabilitação. Apesar de entrar em campo precisando vencer por três gols de diferença, essa não é uma missão impossível. É, sim, necessária, para que o elenco readquira a confiança da torcida e comece a Série B com tranquilidade.
Em relação às mudanças, com Marcelo Cordeiro na lateral-esquerda, Renan na cabeça de área e Nunes no ataque, tendem a dar maior qualidade ao time. Acredito em mais segurança à zaga e um melhor poder de finalização.

Vamos torcer por um "novo Sport". Desculpas não cabem mais!

Parabéns, Sport, 108 anos de glórias

Apesar da tristeza pela perda do título estadual e do delicado momento que passa o futebol do Sport, hoje é um dia para ser lembrado com alegria pelo torcedor rubro-negro. Nesta segunda-feira, 13 de maio, o clube da Praça da Bandeira completa 108 anos de história, um verdadeiro gigante do futebol brasileiro.

Desde 1905, o Sport acostumou seus torcedores com títulos e glórias. São 3 títulos nacionais, 4 regionais e 39 estaduais, um verdadeiro conquistador.

"O Sport será um autêntico campeão, pois nasceu sob o signo da valentia e dele jamais se apartará."

Com essa frase, Guilherme de Aquino, fundador do Sport, definiu bem o que seria o clube dali para frente. Sem dúvidas, presenciaremos novas conquistas, em breve; nós, torcedores, estamos desde já ansiosos.
Parabéns, Sport!

Mais um ano que começa desastroso

Passadas as primeiras competições do ano, podemos, enfim, fazer um balanço sobre o que foi o Sport em 2013 até aqui. O resumo desse primeiro semestre são dois títulos perdidos, ambos com o Sport entrando na competição como principal favorito. Por trás desse resumo, alguns detalhes são importantes de serem lembrados.

Para começar, vou falar um pouco sobre ontem. Bem pouco.
O Sport mais uma vez sucumbiu diante do Santa. Não há o que discutir. O rival pode não ter apresentado o mesmo volume de jogo rubro-negro, nas duas partidas, mas foi quase perfeito taticamente e soube aproveitar muito bem as chances, definindo dessa forma o título, como deve ser.

A verdade é que as duas goleadas sobre o Ypiranga enganaram, e muito. Incluo-me entre os enganados, já que fiquei muito confiante com as boas apresentações diante da Máquina de Costura.
O problema é que o Leão não foi testado contra o Ypiranga. Quando enfrentou o Santa Cruz, já na final, as fragilidades ficaram expostas e foram fatais. A perda do título aconteceu por aí: carência em algumas posições e incompetência na hora de fazer os gols.

Não adianta, agora, querer fazer reformulação em tudo. É claro que o elenco precisa de ajustes, mas não podemos querer mudar tudo a apenas dez dias de uma Série B, o principal objetivo do ano.
Sérgio Guedes tem que ficar. O time adquiriu identidade após a sua chegada, mas ele tem sua parcela de culpa na perda do título, o que não justifica sua demissão precoce.

O principal agora é contratar bem. Não existe margem de erro. Se errar, fica pior, e não há segunda chance. Vamos em busca, finalmente, de um início para 2013.

Amadorismo em alta na FPF

Amadora.

Essa palavra define bem o que foi a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e a sua organização do Estadual em 2013.
Infelizmente, desde a morte de Carlos Alberto Oliveira, quando passamos a esperar por dias melhores na "coronelista" federação, o que presenciamos é uma piora a cada anúncio feito pelo atual presidente da entidade, o senhor Evandro Carvalho.

Dessa forma, o que se vê é um futebol local sendo nivelado por baixo. Com decisões nada amigáveis e infelizes, a FPF vai perdendo prestígio e desvalorizando o que deveria procurar enaltecer.
O Pernambucano deste ano é um exemplo perfeito, talvez o melhor que tenhamos. Conseguiu superar a confusa competição de 2008, cujo regulamento não durou mais de um ano.
Em 2013, após um 1º turno repleto de amistosos, um 2º turno que, no final das contas, também não vai valer absolutamente nada.
Do que adiantou o Sport se classificar em 1º lugar? O clube não terá vantagem alguma na final contra o Santa Cruz. Diferentemente do ano passado, quando jogava por dois resultados iguais para ser campeão, o Sport não terá essa vantagem esse ano. Tudo porque a FPF inventou um tal de terceiro jogo em caso de uma vitória para cada lado, ou dois empates.
Tudo bem, se esse terceiro mando de campo fosse de quem teve melhor campanha, seria compreensível. Mas, às vésperas da decisão, um novo critério: terá o último mando aquele time que fizer melhor saldo de gols nos dois primeiros jogos. Ora, então voltamos à estaca zero. Começa no domingo um novo campeonato.
São tantos absurdos nesse Pernambucano que me recuso a ficar aqui relatando, pois acredito que já são do conhecimento de todos.

Uma certeza é a seguinte: não se consegue prestígio e rentabilidade em um campeonato da noite para o dia. É preciso definir uma linha de raciocínio, agir em cima dela e garantir a confiança de investidores e principalmente do torcedor. O que se vê hoje em Pernambuco é uma bagunça generalizada, admitida inclusive pelos clubes, que não fazem qualquer força para mudar o panorama.

Sabe aquela palavra tão falada, "Profissionalismo"? Todos sabem o que é, mas ela ainda está longe da nossa realidade...

Mais uma vez, a ofensividade mostra o seu valor

A grande vitória conquistada sobre o Ypiranga na tarde deste domingo (21) praticamente garantiu o Sport na final do Campeonato Pernambucano. Somente uma tragédia, nunca vista na história do clube, pode eliminar o Leão no jogo de volta, que acontece sábado (27).

A observação que fica nesse jogo diante da Máquina de Costura não muda muito em relação àquela que apresentei aqui semana passada, logo após o clássico contra o Santa Cruz. A ofensividade da equipe é que acaba determinando a superioridade do Sport dentro de campo; quando ela não existe, nada funciona.

Sérgio Guedes novamente errou na escalação inicial, colocando três volantes em campo, o que resultou em um primeiro tempo fraco da equipe rubro-negra, com pouca posse de bola e oportunidades de gol.

Com a mudança no intervalo, entrando Érico Júnior na vaga de Fábio Bahia, o time ganhou mobilidade e força ofensiva. Acuou a equipe adversário e fez o seu jogo, tirando a qualidade do papel e colocando em prática.

A goleada foi consequência da "leveza" que o Sport ganhou no segundo tempo. Certamente, é dessa forma que precisamos dar sequência, independente do adversário, porque esse é o padrão de jogo rubro-negro e que vem dando resultado.

Empate que serve de lição

O grande clássico da tarde deste domingo, no Arruda, acabou tendo enorme importância para o decorrer do campeonato. O resultado definia o time que levaria vantagem para a fase final do Pernambucano, vantagem esta que ficou com o Sport, primeiro colocado da fase classificatória.

O que realmente me deixou satisfeito no jogo de hoje foi a lição dada ao técnico Sérgio Guedes.
Claramente, diante do primeiro tempo pouco ousado e fraco do Sport, a equipe rubro-negra entrou em busca do empate. Teimosia antiga dos treinadores.
Dificilmente, um time que entra querendo o empate, consegue o objetivo. E foi isso que aconteceu ao Sport, cuja derrota parcial foi estabelecida no último lance antes do intervalo.

O erro da escalação inicial foi superado por Sérgio Guedes na volta para o segundo tempo. O esquema com três volantes foi destituído com a entrada de Marcos Aurélio no lugar de Marino.
O resultado foi imediato. Com poucos minutos, Roger empatou. Depois, em uma felicidade grande de Dênis Marques, o Santa voltou a ficar na frente.
Mesmo com um a menos, depois que Roger saiu machucado, o Sport foi valente e buscou o empate até o fim. Lucas Lima voltou a ser destaque e sofreu pênalti aos 46 minutos; Marcos Aurélio converteu e garantiu a liderança ao Leão.

Acredito, e espero não estar errado, que o que melhor aconteceu ao Sport hoje foi sofrer o primeiro gol. Isso mostrou a Sérgio Guedes sua precipitação e o fez corrigir o erro inicial. Um possível empate em 0x0 deixaria o treinador iludido e poderia levá-lo ao erro, novamente, nas finais.
Como Sérgio é um grande treinador e já mostrou isso no Sport, acho que ele aprendeu a lição.

Obrigado, por eu ser Sport CLUB do Recife

Foto: @sportrecife

A manhã deste sábado (06) entrou para a história do Sport. Não com o futebol, como estamos acostumados, mas com o basquete feminino. As Leoas fizeram uma campanha espetacular e conquistaram, diante da forte equipe de Americana, o título nacional inédito para o nordeste brasileiro.

Quem assistiu ao jogo, como eu, viu que o esporte, ou melhor, o Sport, é mesmo emocionante. A disputa dentro de quadra, acrescida dessa pesada camisa, valorizou demais a conquista dessas meninas, que fizeram mais uma vez o Brasil se render à força do clube da Praça da Bandeira.

E o que dizer da torcida que foi ao ginásio Jorge Maia? Aliás, não só hoje, mas em todas as outras partidas disputadas em casa. Torcida esta que não parou um só minuto, ensurdeceu as adversárias e fez uma festa indescritível. 

Cada grito que saía das arquibancadas era um incentivo e emocionava aqueles que assistiam ao jogo. Sim, foi emocionante e apaixonante. A torcida do Sport é única, e por isso é ela que faz a diferença em qualquer competição, seja em futebol de botão ou futebol de campo, passando por basquete, hóquei e tantas outras modalidades desse clube gigante.

Esse time, que hoje conquistou o Brasil, era considerado pela imprensa como coadjuvante; aliás, foi assim em 1987, em 2008 e agora em 2013. De mero coadjuvante a protagonista. De participante a CAMPEÃO!

Por isso, é com orgulho que eu posso dizer: obrigado, por eu viver de conquistas, por eu ser Sport CLUB do Recife.

Uma análise sobre a tabela do Sport na Série B 2013

O pesadelo voltou desde o dia 2 de dezembro; agora, cabe apenas ao Sport dar fim a ele o mais rápido possível.
A disputa da Série B é uma realidade para o clube rubro-negro em 2013; hoje, a CBF divulgou a tabela da competição. A estréia do Leão será no dia 25 de maio, fora, contra o Icasa.

A receita para voltar à elite não é novidade para ninguém. Vencer os jogos em casa é fundamental, quase uma obrigação. Pontuar fora também é muito importante para ter aquela "gordura" na tabela, quando uma possível má fase aparece.

Nos seis primeiros jogos, o Sport encara Icasa (F), ABC (C), Figueirense (F), Guaratinguetá (F), Palmeiras (C) e Bragantino (C). Com certeza, o rival alviverde é, desses, o adversário mais complicado e concorrente direto ao título e acesso. Será muito importante vencê-lo nesse início para "largar na frente", principalmente porque o confronto ocorre na Ilha do Retiro.

Em seguida, uma pausa de um mês para a Copa das Confederações. Tempo de corrigir o que não começou corretamente.
Na volta, dois jogos duros fora de casa, Joinville e América/RN. Seguindo, dois duelos em casa, teoricamente menos complicados, contra Avaí e Oeste.
Nas partidas seguintes, alguns adversários diretos, como América/MG, Ceará, Atlético/GO e Paysandu. A sequência rubro-negra é a seguinte: América/MG (F), Chapecoense (C), ASA (F), São Caetano (F), Ceará (C), Atlético/GO (C), Paraná (F), Boa Esporte (C) e Paysandu (F).

No segundo turno, a tabela se repete, apenas com os mandos de campo invertidos. Dessa forma, o Leão começa o campeonato fora de casa, em 25 de maio, e encerra no dia 30 de novembro, diante da sua torcida.

Virada de jogo na Ilha

Foto: Guga Matos

A manchete acima não se refere apenas ao que aconteceu dentro de campo hoje. A vitória no Clássico deste domingo muda o panorama dos bastidores da Ilha do Retiro, e reconcilia torcida e time finalmente esse ano. O elo para que isso acontecesse? Desde o treinador até a entrega dos atletas em campo.

A vitória por 2x1 sobre o Náutico foi mais do que justa para o Sport. Não é exagero dizer que era merecida uma vantagem maior do Leão; não por ter apresentado um futebol primoroso, mas por ter sido superior durante praticamente os 90 minutos.

Nos primeiros lances da partida, foram pelo menos duas grandes chances para o time rubro-negro abrir o placar. Depois, o castigo, num lance individual de Rogério.

O gol alvirrubro não abalou o Sport. O time seguiu criando e, depois de muito tentar, conseguiu deixar tudo igual. Hugo, ressurgindo após quase um mês afastado, deixou tudo igual na Ilha.

A segunda etapa foi ainda melhor para o torcedor rubro-negro. Foi um verdadeiro 'jogo de um time só'. Enquanto o Náutico apenas se defendia, o Sport buscava o gol. Pecava na falta de qualidade, mas sobrava vontade.

O prêmio veio com Felipe Azevedo, jogador que mais lutou na partida e aproveitou ótima jogada de Lucas Lima para deixar o Leão à frente no placar.

Virada de jogo que representa um recomeço na Ilha do Retiro. Finalmente, uma semana de tranquilidade, perfeita para Sérgio Guedes trabalhar a equipe e dar sequência ao bom momento que passa a viver o Sport. Vamos em frente!

Mais um absurdo, digno de vergonha

Pelo visto, os erros da diretoria do Sport continuam se multiplicando fora de campo, na Ilha do Retiro.

Hoje à tarde, o clube resolveu procurar um culpado pela má fase do time e jogou a responsabilidade para o jornal Diário de Pernambuco, através de uma nota (veja aqui) publicada no site oficial.

A nota repercutiu de maneira negativa, não só na imprensa, mas também entre os torcedores rubro-negros. A atitude virou motivo para piadas no Twitter, onde muitos se mostraram envergonhados com a irresponsável nota.

Não satisfeita, a presidência/diretoria do clube divulgou mais uma nota (veja aqui) no site, ameaçando punir judicialmente aqueles jornalistas que estavam demonstrando 'falta de compromisso' com o fato.

O Departamento de Comunicação do clube isentou-se da autoria e divulgação das notas, o que foi feito pela presidência e diretoria executiva.

É claro, esse é mais um absurdo dessa gestão. Um fato lamentável, repudiado por nós torcedores, não condizente com a grandeza e dignidade do Sport, em Pernambuco e no Brasil.

CHARGE: Em semana de eleição de Papa, alvirrubros refletem...

Charge: Artur Rêgo

A volta de Sérgio Guedes e o peso disso no Sport

Quase por unanimidade, a volta de Sérgio Guedes - anunciada após a vitória contra o Porto - foi aprovada pela torcida do Sport.

Essa aprovação se dá pelo bom futebol jogado pelo time na reta final do Brasileirão 2012, insuficiente, porém, para evitar o rebaixamento do clube. Ano passado, em dez jogos, Sérgio Guedes conquistou quatro vitórias e dois empates, melhor aproveitamento entre os três técnicos que passaram pela Ilha durante a competição.

O desafio aceito por Sérgio Guedes, em retornar ao clube em um momento ainda de pressão, tem um peso grande para ele. Por um lado, tem a confiança de grande partida da torcida, da diretoria e do elenco; por outro, vai precisar fazer o que não teve oportunidade ano passado, um trabalho a longo prazo.

Esse trabalho, que visa o acesso de volta à Série A, é o principal objetivo da volta do treinador. Diferentemente de 2012, ele não vem para dar ânimo em uma reta final de campeonato, mas sim para fazer ajustes e indicar atletas que possam ajudar o Leão na temporada, o que é mais difícil.

Portanto, que os trabalhos comecem logo, pois são apenas dois meses de prazo máximo para esse time, finalmente, "dar liga".

Sport joga determinado e vence bem o Porto

Com gols que mostraram a qualidade técnica de jogadores diferenciados, o Leão fez 2x0 diante do Porto, na Ilha do Retiro. Animou? Sim. Já ganhou a confiança da torcida? Ainda não. O time jogou bem, mostrou vontade, mas do outro lado o adversário em poucos momentos buscou jogo.

Como há muitas partidas não acontecia, a equipe rubro-negra conseguiu criar diversas jogadas de gol. No primeiro tempo, pelo menos três grandes oportunidades foram desperdiçadas. Marcos Aurélio, porém, teve grande visão de jogo para encontrar Rithely na entrada da área; o volante foi muito feliz ao acertar um chutaço de primeira, sem chances para o goleiro.

Na segunda etapa, o Sport novamente foi superior. O Porto não conseguia sequer assustar Magrão, não deixando a retranca para tentar reverter o marcador.

O Leão continuou martelando, mas o placar continuava apertado e deixando a torcida apreensiva. Até que Cicinho - entrara na vaga de Moacir - fez grande jogada pela direita, invadiu a área após tabelar com Pelezinho e marcou um bonito gol, o seu primeiro com a camisa rubro-negra.

Parabenizar a vontade que o time apresentou, eu me recuso. Isso é o mínimo que qualquer jogador profissional - muito bem pagos, diga-se de passagem - precisa fazer dentro de campo. Ficou, portanto, a prova que a torcida reconhece e aplaude quando isto, aliado à aplicação tática, acontece dentro de campo.

Esse "novo Sport" tem tudo para conseguir os resultados na sequência da competição, é só, pelo menos, fazer o mínimo.

Os graves motivos para tirar Luciano Bivar do Sport

A crise pela qual o Sport está passando aumenta a cada dia. Infelizmente, não só dentro de campo, mas também fora dele.

O presidente Luciano Bivar, eleito pelos sócios em dezembro, derrotando o candidato Homero Lacerda, mostra o seu despreparo no comando do clube. A gota d'água foi a polêmica da última sexta-feira, que manchou o nome do Sport em rede nacional e até em outros países e causou revolta na torcida rubro-negra.

Agora, nas redes sociais, começa um movimento para que aconteça o impeachment de Bivar. São necessárias 500 assinaturas dos sócios para, portanto, ser convocada uma assembleia extraordinária na qual a proposta é discutida.

Por diversos motivos, os quais vou citar e explicar abaixo, acredito que para o bem do clube e em respeito à torcida, é inadmissível a permanência de Luciano Bivar na presidência. Caso nada seja feito, as consequências podem ser catastróficas para o futebol do Sport e para o seu patrimônio.

• Futebol fraco - Essa questão é levantada desde a gestão de Gustavo Dubeux. Em dois anos, nenhum título conquistado, o que já se deu continuidade na primeira competição disputada pelo Sport sob o comando de Bivar, este ano, no Nordestão. Apesar do fracasso, nenhuma iniciativa foi tomada pelo presidente, que conseguiu piorar o Departamento de Futebol, profissionalizando um dirigente amador com um salário de R$ 25 mil. Vale lembrar que logo depois da eliminação do Regional o presidente prometeu investir forte em um diretor profissional e em jogadores. A única contratação foi um meia desconhecido.
  A saída que Bivar encontrou foi trocar o treinador, poupando o elenco de críticas e principalmente a sua gestão. Mas será que o problema é mesmo o técnico? Não, amigos, está lá em cima. Desde a saída de Nelsinho Batista, o Sport troca de treinador, em média, a cada três meses. Não existe comando no clube há muito tempo.
• Golpe da Arena - A Arena do Sport, um projeto grandioso apresentado por Gustavo Dubeux no seu mandato, foi aprovado por unanimidade pelos sócios, incluindo-me inclusive entre os que exaltaram o projeto. O que não era de conhecimento de todos, porém, é o que saiu no site da Prefeitura do Recife esta semana. 
  Foi divulgado no site o Relatório Ambiental Preliminar do empreendimento (veja AQUI) e, para a surpresa dos que analisaram, está escrito no documento que o requerente do projeto é a empresa Moura Dubeux Engenharia, e não o Sport Club do Recife, como deveria ser. Isso é uma agressão a toda a nação rubro-negra, além de ser uma fraude, um golpe, o qual pode resultar em um prejuízo enorme ao patrimônio do clube. Será que essa era a tal cláusula escondida desde o início do projeto?
• CT no nome de associação - O Centro de Treinamento do Sport tem recebido diversos investimentos e já tem uma estrutura semelhante aos melhores do país. No entanto, nada disso adianta se o empreendimento não está no nome do clube. Misteriosamente, o CT está em nome da Associação Amigos do Sport. Por que tanto Dubeux como Bivar resistem tanto em transferir para o nome do clube, simplesmente ignorando isso? Mais interesses em jogo?
• Sujeira envolvendo o nome do Sport - A gota d'água para a revolta da torcida do Sport com Bivar foi o episódio mencionado pelo próprio Luciano na última sexta-feira. De acordo com o presidente, em 2001, quando também era presidente do clube, ele pagou comissão para que Leomar, então volante rubro-negro, fosse convocado à Seleção Brasileira. O fato ganhou repercussão nacional e até internacional em poucas horas. O nome do Sport foi manchado de forma desrespeitosa e leviana com a declaração. 
  Agora, não será surpresa se a CBF, atingida com a declaração e que pode até ser investigada e punida por isso, encontre alguma maneira de prejudicar o Sport dentro de campo. Indiretamente, isso é quase certo que aconteça, tudo devido a mais uma irresponsabilidade de Luciano Bivar.

Um fato inegável é o seguinte: Luciano Bivar não deixará o Sport por vontade própria, ou seja, ele não renunciará. Se não existissem os intere$$es nesse mandato, acredito que ele seria o primeiro a pular fora, mas essa possibilidade no momento não existe. 

Portanto, somente a união da torcida e a divulgação das práticas ilícitas e prejudiciais ao Sport que estão sendo feitas pelo presidente, podem mudar esse quadro. Enquanto o foco não for o futebol, os resultados dentro de campo tendem a piorar. Caso algum sucesso no futebol seja alcançado (o que torço sempre incondicionalmente), isso não pode ocultar os graves fatos citados nessa matéria.

Para finalizar, eu pergunto a vocês: se Bivar comprou a convocação de um jogador, o que ele é capaz de fazer com o patrimônio do clube para o seu próprio benefício?

Imagem mostra o requerente do projeto da Arena como Moura Dubeux Engenharia S/A

10 dias para resolver problemas claros

O Sport faz boa campanha no Nordestão e agrada principalmente quando joga na Ilha do Retiro. No entanto, alguns pontos falhos são críticos e óbvios na equipe rubro-negra, e não serão tolerados na fase final do campeonato.

O primeiro deles é a carência de jogadores qualificados em algumas posições. Mais uma vez, vou citar os mesmos problemas que relatei após alguns jogos deste ano.

A lateral-esquerda continua sendo sofrível no Sport. Essa é uma opinião geral, tanto de torcedores como da imprensa, e inegável. Reinaldo não agrada e pode ser, no máximo, um razoável suplente. Não adianta insistir com ele, é urgente a contratação de outro atleta para o setor.

A outra posição que necessita de pelo menos mais um bom jogador é o meio-campo. Hoje, no segundo tempo, o Sport ficou sem meia porque os dois que estavam em campo cansaram. Se Vadão mantiver Hugo e Felipe Menezes titulares, ou se um dos dois sofrer qualquer lesão, passa a existir um problema sério e difícil de ser resolvido com o que se tem atualmente.

Mais um centro avante também é fundamental no elenco. O grupo conta apenas com Roger, que pode ser desfalque, como aconteceu hoje, e precisar de um substituto. 

O outro problema da equipe não se trata de jogador, mas sim de arrumação. Infelizmente, o treinador rubro-negro não está podendo treinar; os jogos não têm intervalo de mais de três dias entre eles. Ao término da primeira fase, porém, o Sport terá uma semana sem jogos, tempo que precisa ser muito aproveitado por Vadão.

Em todas as partidas, o Leão tem sofrido pressão do adversário em algum momento. Nas últimas três partidas, isso foi visto principalmente no segundo tempo; significa que o sistema defensivo está com brechas. Pelo que observo, isso acontece essencialmente no meio-campo, onde Rithely não está conseguindo desempenhar a função de volante e está deixando Fábio Bahia, que mostra bom futebol, sobrecarregado. A zaga ainda não está bem com Mateus e Gabriel; se seguir falhando, principalmente no jogo aéreo, um dos dois terá que sair.

Enfim, esses são pontos essenciais que precisam ser corrigidos para que o principal objetivo seja atingido: o título. Se o Sport seguir com tais problemas, dificilmente chegará lá.

Tempo tem, mas uma hora ele acaba.

Empate frustrante, porém importante

O empate diante do Confiança não foi o resultado que a torcida rubro-negra esperava para a tarde deste domingo. Porém, acabou sendo um resultado que ajudou bastante o Leão, classificando-o antecipadamente à próxima fase da Copa do Nordeste.

Não foi por falta de oportunidades que o Sport não venceu o time sergipano. Inúmeras chances foram criadas, principalmente no primeiro tempo. Hugo acertou a trave em dois lances consecutivos, Felipe Menezes perdeu dois gols sozinho com o goleiro, além de um chute de Felipe Azevedo que tirou tinta da trave.

O Confiança teve algumas chances, inclusive fez um gol, bem anulado. 

Na segunda etapa, a equipe de Aracaju foi melhor. Chegou na área de Magrão diversas vezes, como sempre vem acontecendo nas partidas do Sport. A sorte e Magrão, porém, salvaram o time rubro-negro da derrota. O goleiro rubro-negro foi decisivo, fazendo pelo menos três grandes defesas.

Mais uma vez, o Sport não soube se impor fora de casa. Com um elenco mais qualificado que o adversário e podendo garantir a primeira colocação do grupo, o Leão podia ter entrado em campo sufocando o Confiança. É o terceiro jogo seguido que o Sport não sofre gols - muito pelas finalizações falhas dos adversários e pelas boas defesas de Magrão - mas, por outro lado, é o segundo fora de casa que não consegue marcar.

Se esse trio jogar bola sempre...

Não precisa de muito para o jogo do Sport fluir. Apenas o futebol diferenciado de três jogadores já pode dar essa garantia ao torcedor leonino.

A qualidade de Cicinho, Hugo e Marcos Aurélio é indiscutível.

O primeiro já começa a mostrar o grande futebol que o tornou ídolo da torcida rubro-negra em 2012. Apresenta um diferencial a mais, a vitalidade na marcação, algo que não tinha ano passado e parece ter conquistado com a oportunidade de fazer uma pré-temporada completa. Durante a partida, passes de muita qualidade, jogadas de perigo pelo lado direito e uma bola parada impecável.

Hugo estava devendo em 2013. Pelo que jogou na temporada passada, a torcida esperava mais. Nesta quarta-feira, porém, voltou a apresentar um bom futebol. Parece que se sentiu mais à vontade ao ter dois outros homens de criação jogando ao seu lado, Marcos Aurélio e Felipe Menezes.

Marcos Aurélio, inclusive, já mostra que vai ser muito útil ao Sport se mantiver o bom futebol. Com um passe bom, muita velocidade e um poder de finalização à longa distância impressionante, vai conquistando a torcida e o seu lugar na equipe titular.

A qualidade desses atletas, dessa forma, faz outros atletas se destacarem. Por isso, é muito importante esse diferencial que o Sport apresenta ao ter alguns jogadores de nível técnico elevado diante dos seus adversários dessa temporada. É só colocar em prática, como fez contra o Fortaleza.

Com mais um golaço, Marcos Aurélio mostra seu valor

Na vitória do Sport sobre o Fortaleza nesta noite, a torcida do Sport teve mais motivos para sorrir além dos três pontos.

O atacante Marcos Aurélio, que estreou há uma semana, marcando um golaço contra o Confiança, repetiu o feito e comemorou mais uma pintura na Ilha do Retiro.

Em escanteio milimetricamente cobrado por Cicinho, o craque da partida acertou, de primeira, um belo chute de fora da área.

Além do gol, Marcos Aurélio foi bem durante a partida, sempre aparecendo, principalmente nas jogadas de velocidade. Levou a torcida ao delírio ao dar dois 'chapéus' nos jogadores adversários, assim como fez semana passada.

Clique AQUI para conferir os três bonitos gols da partida.

Que 2013, de fato, tenha começado agora para o Sport

Finalmente o Sport deixou sua torcida satisfeita em 2013. Contra o Sousa, jogo deplorável; diante do Confiança, vitória na raça; contra o mesmo Fortaleza, na inauguração do Castelão, uma partida muito abaixo do que o evento pedia.

Nesta quarta-feira (30), enfim, o Sport fez um bom jogo e goleou o Leão cearense por 3x0.

O começo de jogo rubro-negro foi muito bom, o que acabou dando resultado e tranquilidade para o restante da partida. Com apenas 25 minutos, 2x0 no placar e praticamente nenhuma chance para o Fortaleza.

O Sport, porém, relaxou e passou a dar espaços, principalmente para o adversário tocar a bola no campo de ataque. Em alguns momentos, os cearenses conseguiam finalizar com perigo. Magrão foi exigido em dois lances e fez grandes defesas, mostrando que está em alto nível mais uma vez.

Na segunda etapa, outro Sport em campo. Saída de bola sem qualidade e pouco combate na cabeça de área, proporcionando espaço para o Fortaleza arriscar e chegar perto do gol.

Com a entrada de Moacir na vaga de Rithely, o time rubro-negro ganhou mais pegada, e os espaços diminuíram. Mesmo assim, o ataque pouco produzia. Hugo, cansado, e a falta de um centroavante - Roger saiu machucado ainda no primeiro tempo - prejudicavam o setor ofensivo.

No apagar das luzes, quando os torcedores começavam a deixar o estádio, Felipe Azevedo desencantou e marcou mais um para o Leão, fechando o placar. 

Os aplausos ao final do jogo mostraram que o futebol do Sport finalmente agradou e, o principal, está evoluindo. Com alguns ajustes, o time chega longe no Nordestão.

Reinaldo e a polêmica da noite

O jovem que chegou ao Sport com status de promessa em maio de 2012, aos poucos vai perdendo o apoio da exigente torcida rubro-negra. Com um futebol abaixo da crítica no ano passado, Reinaldo começou 2013 sem apresentar evolução técnica. Contra o Sousa, já havia decepcionado, e hoje foi a gota d'água. A torcida até poderia perdoar e dar um novo crédito ao lateral com o gol que marcou contra o Confiança, mas sua atitude infantil na comemoração só piorou a situação.

Durante a partida, Reinaldo novamente deixou a desejar. Pior, quase comprometeu o resultado, ao entregar uma bola nos pés do jogador adversário dentro da área rubro-negra; por sorte, naquele lance não saiu o segundo gol do time sergipano. Passes errados, bolas mal cruzadas e falhas de marcação faziam a torcida pegar no pé do atleta. Reinaldo teve a chance de diminuir seu débito no lance do gol; marcou, mas foi provocar a torcida, mostrando a orelha e pedindo vaia. Resultado: mais vaias. Cada lance que o lateral tocava na bola, boa parte do estádio protestava.

Depois do jogo, o jogador deu entrevistas e pediu desculpas ao torcedor. Não podia fazer diferente; não digo pelo fraco futebol, mas pelos gestos depois do gol.

OPINIÃO

Não aceito vaias com a bola rolando. Sou daqueles que acreditam que não vai adiantar nada protestar antes do juiz encerrar a partida; pelo contrário, só vai prejudicar o Sport.

Da mesma forma, não admito que um jogador profissional, cujo salário é pago em dia - e muito bem pago - e com todas as condições ideais de trabalho, tenha uma atitude como a de Reinaldo hoje. Ele desrespeitou todos que estavam na Ilha do Retiro. O torcedor tem o direito de cobrar; o jogador tem o dever de fazer o seu trabalho. Se achou ruim as vaias, respondia como fez no lance, participando e até fazendo gol, e não provocando torcedor. 

Não acho que isso tem que ser tratado com naturalidade, como afirmou Milton Bivar depois do jogo. Concordo que estamos tratando de um jogador jovem, inexperiente, e que agiu de cabeça quente. Porém, é dever do clube e da comissão técnica dar um "puxão de orelha" no atleta e até mesmo multá-lo. Essa punição não quero discutir. Não vou mais me prolongar nessa polêmica, assunto encerrado por aqui.

Sport vence a primeira do ano, mas ainda não agrada

A torcida do Sport teve uma verdadeira aula de paciência - ou falta dela - no jogo desta noite na Ilha do Retiro. Foram exatos 75 minutos de apreensão e pouco futebol em campo. Somente nos 15 minutos finais o time fez o que a torcida tanto esperava: gols. E foram três. De virada, o Leão venceu o Confiança e assumiu a liderança do seu grupo no Nordestão.

As principais falhas apresentadas pela equipe rubro-negra não foram tão distintas daquelas do jogo contra o Sousa. Novamente, gol sofrido em bola aérea. Dessa vez, além da zaga, Magrão também falhou. No escanteio cobrado pelo Confiança, ninguém acompanhou o jogador adversário, que aproveitou a saída sem tempo de bola de Magrão para abrir o placar.

O Sport tinha mais posse de bola, mas faltava criatividade. Hugo, bem marcado, às vezes conseguia articular jogadas, sobretudo pelo lado direito, com Cicinho e Felipe Azevedo. Porém, foi muito pouco, tanto que o Sport praticamente não finalizou no primeiro tempo.

Na volta do intervalo, a entrada de Marcos Aurélio na vaga de Gilsinho pouco melhorou o futebol leonino, pelo menos nos primeiros minutos. O esquema com a tentativa de jogadas pelos lados do campo não funcionava. Melhorou quando Moacir e Felipe Menezes entraram no lugar de Cicinho e Hugo. 

O Sport ganhou movimentação e, em uma das primeiras jogadas de Felipe Menezes, saiu o empate. O meia trabalhou pelo lado esquerdo e encontrou Reinaldo na área, que conseguiu cortar o zagueiro e chutar para o gol, deixando tudo igual. Na comemoração, o lateral provocou a torcida, que o criticava; sobre esse tema, falo no próximo post.

A virada não demorou a sair. Em um lance de genialidade, Marcos Aurélio colocou o Sport à frente no marcador. O estreante aproveitou uma bola que sobrou na entrada da área e encobriu o goleiro chutando de primeira. Um gol que valeu o ingresso.

Por último, Felipe Menezes ainda marcou o seu, já nos acréscimos.

A necessidade clara de reforços no Sport

A falta de qualidade técnica evidenciada no jogo do Sport deste domingo tem algumas explicações, além dos fatores que atrapalharam o futebol na cidade de Sousa.

A equipe mostrou que precisa de Hugo para o meio-campo funcionar. E quando ele não puder jogar? Ou caso ele seja negociado? É fundamental ter um outro bom jogador na posição que possa substituir Hugo ou até jogar ao lado dele.

A lateral-esquerda continua sendo uma dor de cabeça. Reinaldo segue sem agradar e Renê é uma promessa que ainda não está pronta para ser titular. Portanto, é mais uma posição carente no elenco, talvez a que mais precise de um reforço.

O lado direito também precisa ser reforçado. Cicinho é o atleta mais qualificado da equipe, mas precisa ter alguém no banco, porque nem sempre aguenta os noventa minutos. Moacir poderia ser essa opção, mas já foi provado que este rende mais como volante, sua posição de origem.

O ataque também ainda precisa de pelo menos mais um atleta. Gilsinho dificilmente vai conseguir ajudar o Sport nesta temporada e, com Marcos Aurélio de titular, o Sport terá apenas Sandrinho como opção no banco. 

Só numa primeira avaliação, já listamos essas necessidades. Ao contrário do que a diretoria falou ultimamente, o ciclo de contratações não pode parar agora. O elenco tem que ser formado exatamente neste momento, porque já vimos o filme de 2012, quando apenas no meio do ano tomaram as providências, resultando em um ano pífio.

O primeiro Sport de 2013

O pior já passou. Pelo menos em 2013, o Sport dificilmente vai enfrentar condições tão adversas para praticar um bom futebol. Gramado terrível, calor de 35 graus e arbitragem muito confusa. Pra piorar, o pouco que podia fazer o Sport não fez; errou defensivamente e evidenciou claras deficiências técnicas de alguns jogadores de todos os setores.

No final, o 1x1 foi satisfatório pelas circunstâncias do jogo, mas longe de ser o resultado que agrada o torcedor.

Analisando a equipe do Sport, e não os fatores que fogem do alcance do clube, vamos detalhar.

• Pontos negativos

Alguns atletas, já do clube em 2012, seguiram mostrando que não podem ser titulares. Na defesa, Reinaldo foi muito mal e não acredito que possa convencer este ano; precisamos de um bom lateral-esquerdo com urgência. Além dos veteranos, os novatos da zaga também não estiveram bem; Mateus e Gabriel não se acertaram e em vários momentos o Sousa teve chances de marcar. O gol saiu em uma falha de posicionamento no jogo aéreo.

O meio-campo melhorou no segundo tempo, devido a entrada de Moacir, mas não esteve bem. Rithely mostrou-se um jogador comum, acertando em alguns momentos na marcação, mas não se apresentou como elemento surpresa no ataque, característica que o fez ganhar a titularidade no ano passado. Felipe Menezes segue mal; falou demais que hoje mostraria seu futebol, porém, mesmo atrapalhado pelo gramado, foi displicente e pouco acrescentou.

O ataque também não escapa. Gilsinho segue o mesmo, e não me surpreendeu seu fraco futebol. Pouco objetivo, não criou boas jogadas. Dificilmente vai ser mantido no ataque.

• Pontos positivos

Mesmo que sejam poucos, pode-se extrair pontos positivos do Sport na partida de hoje.

Roger mostrou que vai ser útil. Posicionou-se bem durante o jogo, distribuiu bem algumas bolas que recebeu e fez um golaço. É verdade que perdeu alguns gols, mas artilheiro precisa de três chances pra converter uma. 

Felipe Azevedo mostrou movimentação e também agradou. Foi protagonista no lance do pênalti, marcado e depois anulado numa lambança do árbitro, e ainda acertou a trave no segundo tempo.

Moacir entrou muito bem e pode ser a novidade da equipe no próximo jogo. Marcou bem e saiu para o jogo com qualidade. A dúvida é se o seu futebol vai ser regular, o que não acontece com frequência.